E ali fora a chuva vai caindo naquele ritmo incessante, e eu fico aqui, olhando da janela do meu quarto e deixando que meu pensamento flua mansinho pra coisas que me são importantes. E aparece você, exclusivamente você dentro de mim. E parece ser tão bonita a forma como tudo isso acontece, como tudo se liga, sabe? Não faço esforços, não peço pra que o coração bata por você, ele apenas o faz. E sabe, ele te ama!
Nunca fui de grandes amores, preferia o aconchego dum corpo diferente a cada dia, se isso fosse possível, mas não sei se o tempo, não sei se você, me fizeram mudar e querer o carinho dum corpo só, por infinitos segundos, durante a eternidade.
Mudei, eu sei que mudei. Abri mão de muitas coisas, deixei pessoas lá atrás, abandonei o ritmo de antes pra dançar o ritmo de agora. Antes era samba, agora é valsa. Ficamos coladinhos, olhos-boca-boca-olhos e só paramos quando alguma estrela muda de lugar e você decide que não era pra ela estar ali e sim acolá e eu te digo que não, que era pra ela estar ali. E é só assim que acontece uma pausa.
Não é um cessar que dura muito tempo, logo nos abraçamos, dizemos algumas palavras e você olha dentro dos meus olhos, pede desculpas e me beija. E é eterno. É único.
E é assim que acontece. A chuva cai ali fora, a música vai invadindo todo o meu ser, o coração vai batendo aqui e dentro de mim há uma voz que clama por você, por saber do bem que só você causa, por saber da necessidade de te ter, sussurando palavras bobas e que fazem todo o sentido.
1 comentários:
Gosti
Postar um comentário