- e eu, que pensei que o passado não fosse aparecer, fosse ficar ali, parado, exausto de tanto martelar a cabeça e tentar ser de novo o que já foi. Tenho dó dele, minha gente! Chega a dar pena o estado em que fica, em que corre, em que rodeia a vida que não mais fará parte. Não sei o que pensa, não sei o que quer, e na boa, meu camarada, prefiro assim. Sem ressentimento algum, mas há caminhos a seguir, passos a se dar, então desgruda, descola, me esquece e some (ou tenta). Não tenho tempo mais para o velho, preciso do novo e de tudo que ele me proporciona, sabe? Não que eu me arrependa, olhe só, mas é que hoje não me faz diferença nenhuma e nem me provoca sabor algum, entende? Em mim, nada mais existirá disso, mas há outros quereres e outros sonhos por aí, desejando o que um dia foi meu, ou que pensou ser. Palavras foram ditas, momentos vividos, mas o tempo foi empoeirando tudo, juntando e jogando dentro dum baú, pra qualquer dia desses, quem sabe, abrir, lembrar, achar engraçado mas não mais viver. E viva ao ritmo intenso da vida, não é?
Pessoas, vidas, namoros, beijos, risos, amizades, tudo isso acontece, mas tudo isso passa também. E hoje, muita coisa passou. E assim é o fim.
1 comentários:
E tudo quanto acaba proporciona um novo início.
Por vezes muito melhor que o passado, velho e cansado.
Não é?
Postar um comentário