quinta-feira, 17 de março de 2011

- e quem se importa?

E entre as canções mais sinceras e melancólicas, com doses de nostalgia e puro sentimento, fui me afundando em velhos pensamentos, em pequenas fotografias, grandes fatos, em realidade e mentira. Fui viajando entre tempo e espaço, misturados em porções de sorrisos e pitadas de ódio. Fui quem sempre quis ser e isso sempre se baseou em momentos. Fui forte, tímido, sedutor, inconstante. Fui outro, fui principal. Hoje não sou mais nada disso, perdi a vontade do risco. Acostumei-me com a segurança, ou melhor, me adaptei à ela e distribuo sorrisos a quem do meu lado passa, por pura conveniência. Sou comum, simples, insípido. Sou entre milhões o que se parece com a grande massa, com tempo escasso, vida desarrumada, barba por fazer. Não faço reclamação de tudo isso, veja bem, pois é mutável, volátil demais. Só não tenho graça pra quem é de fora, que pouco se importa com o que sinto, ou não. E no mais, isso não me tira o sono, pois o que me importa é você, pra quem sou fundamental e único. Pra quem sente em minha voz, no findar do dia, a calmaria necessária pra um sono tranquilo.

3 comentários:

Darlan disse...

Tão bonito e compreensível isso. Que seja comum e simples, mas que seja belo e essencial. Amém.

Marcelo R. Rezende disse...

Acredito mais que você tenha aperfeiçoado do que deixado de ser.

Bruno Érnica disse...

A mutabilidade, que não faz diferença.
Muito bom ;D