sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

- lembre-se de suas asas.


- Lembro que já sonhei em estar nas nuvens, voando por lá, sem pressa alguma de voltar ao chão, sabe? Não foi uma, duas ou três vezes, foram mais. Voar sempre foi um dos meus desejos maiores. Mas o tempo vai passando, a responsabilidade crescendo, o trabalho aumentando, os problemas surgindo e mesmo sem querer vamos esquecendo que voar um dia foi possível, não é? O cansaço faz com que isso aconteça, faz a vontade desaparecer aos poucos, assim, como quem não quer nada e some. Some e parece não mais surgir. Confesso que isso aconteceu comigo e fui entristecendo, me secando, me acinzentando. Perdi as cores e me feri em lágrimas.
Hoje, num momento pequeno de tristeza e reflexão, me deixei solto ao mundo e resolvi reaprender a voar, sabe? Foi complicado, estranho, engraçado até. Abri as asas e com medo fui movimentando-as aos poucos, criando coragem e força pra sair da cama e voar. Voei com um bater de asas calmo pra sentir o frescor do vento em meu rosto, pra sentir que o tempo ali era meu, pra redescobrir que o tempo não para e a vida continua e que é possível, apesar de pequenos problemas e distrações, sorrir, erguer a cabeça e tentar mais uma vez.
E eu estou tentando, porque sei que o que quero é ser feliz e a felicidade está exatamente no que estou vivendo.

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