sábado, 27 de junho de 2009

- bem-me-quer, mal-me-quer.

- queria ter ficado ali, sentado na areia esperando o sol se pôr, mas não pude. Aquelas mãos me puxaram pra outro lugar e minhas pernas já não me obedeciam mais, andavam atrás daquelas outras pernas pra um caminho qualquer que eu não sabia, mas elas conheciam muito bem. Não sei onde estávamos, mas paramos ali. Era bonito o lugar, tinha algumas árvores quase secas, com folhas amarelas e as flores estavam todas despedaçadas no chão. O vento quase não existia, estava ali só pra refrescar em algum momento. Descobri depois que as flores tinham sido despedaçadas pela dona das pernas que me levaram até ali. Vi mais a frente o sol se pondo, mas ele não me importava mais. Fui convidado a sentar do lado das pernas, em cima das pétalas espalhadas pelo chão. Perguntei o motivo da morte das flores, fiquei surpreso com a resposta. " As flores foram mortas pra nascer uma resposta", foi o que saiu daquela boca que me deixava parado, observando. Sentei e aquelas mãos seguraram na minha, como se aquilo fosse a coisa mais importante naquele momento. Estava perdido em mim, apenas com o silêncio. Os olhos me diziam muito, o meu pensamento se calava. A boca começou a se mexer mais uma vez e disse que já não era sem tempo. Fechei os olhos e entrei em mim. Abri os olhos e me descobri nela. Já não era sem tempo.

4 comentários:

Mylena M. disse...

Perfeiito seu texto *-*

Jujuba disse...

Adoro a sua escrita ^^ Lindo texto, lindo lindo ^^

Marcelo R. Rezende disse...

Ownn, eles se encontram e se conectaram, dois que formam um, um inteiro que jamais se divide *-*

adoro sua sensibilidade anjo *-*

Maria Luísa Marc disse...

*-*