segunda-feira, 30 de março de 2009

- o meu desejo.

- Foi se moldando, aumentando e consumindo todo o ser que ali havia e se perdia em toda a intensidade. As palavras saíam em sussuros, o corpo arrepiava a cada toque e o mundo parava. Parava pra eles, que se contorciam querendo o gozo da vida, desejando a homogeneidade entre as almas que sentiam todo o prazer.
Braços, pernas, lábios, sussurros, suspiros, tudo num só e o só já não mais existia. A complexidade do momento fazia com que aquilo fosse inesquecível, se tornasse imortal pros pensamentos que vez ou outra passavam por aquelas mentes ocupadas em não pensar, apenas fazer! 
Todo o sentido da entrega estava ali entre as paredes e por ali ficariam por mais algum tempo, sobre o chão, sob o céu, no amor, na vontade, até que os corpos difundissem tudo o que neles havia um pelo outro.
- das minhas vontades, esse desejo.

1 comentários:

Marcelo R. Rezende disse...

Carlos Drummond usou teu corpo pra escrever, só pode!