segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

- Passos.

- dava passos sem saber por onde esses o guiariam. Ia contando cada um deles, na esperança de que números o animassem, de que a vida era matematicamente calculada e tudo era óbvio. Buscava razão em todas as coisas, não se arriscando, não se permitindo, não fantasiando. Viveu assim até completar 20 anos e perder todos os conceitos de uma vida que achava boa, simples, sem graça. Mas ninguém imaginou que um dia aquilo seria mudado, nem ele mesmo que tinha todo o controle do que acontecia em sua vida (pelo menos pensava possuir este poder). Foram os passos contados que o levaram por um caminho diferente dessa vez, que o fizeram mudar de rumo e atravessar a rua pra ir ao parque e sentar-se naquele banco, para que no fim da tarde, pudesse observar as pessoas e ver o pôr-do-sol.
Sentou-se ali num banco solitário e pôs-se a olhar cada detalhe e todas as cores que o formavam. Pessoas iam e vinham a todo momento, umas sorridentes, outras sérias, umas de mãos dadas e outras separadas, mas sempre passavam por ali. E o sol começou a se despedir do céu, como fazia todas as tardezinhas, dando lugar pra sua amiga lua que começara a brilhar com mais força. E ele ficou maravilhado com aquilo! Com toda a pontualidade dos fatos, com todo o companheirismo dos astros para que o mundo vivesse em plena sintonia! De fato ele estava publicamente maravilhado com aquilo e percebeu que também precisava estar em sintonia com alguém, com uma parte que o completasse e que o fizesse ter a vontade de funcionar (viver) em toda a totalidade do seu respirar. Nunca tinha se permitido, nunca tinha sonhado. E a partir desse dia, os sonhos começaram a se formar e ele começou a desejar. O desejo dele? Viver! E com essa vida foi aprendendo a respirar o que outrora não se permitia.

1 comentários:

Miih disse...

hahahaha.. fiz um tb! :D
:*