sábado, 11 de setembro de 2010

- o arrepio que me causava.

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- na pele, sentia todo o arrepio que aquilo causava, sabe? Era um sensação diferente, que misturada com os pensamentos o levavam longe, acima de tudo o que já tinha passado. Ele ficava indefeso, vivo, ofegante, nu em todas as suas reações. Esquecia do mundo e perdia-se em seus sonhos mais loucos, em seus desejos mais intensos. Não lembrava da hora, não lembrava do compromisso. Apenas se afundava nesse vil e tentador momento. Respirava diferente, com um ar ofegante tocava sua pele e via que cada pêlo seu se eriçava, assim como todo o seu corpo. Era diferente, era avassalador, mas causava uma sensação tão gostosa, tão dominante, que ele não se importava mais com nada e assim ficava por minutos que se tornavam dias, até anos, de tão dominador que esse desejo era. Não tinha pudores, esquecia da fidelidade e encontrava-se com muitas pessoas e as agarrava, sem nem ao menos perguntar o nome que elas possuiam, já que pra ele o importante essa saciar a sua sede e sua fome de todo aquele prazer. Era intenso, era avassalador, era natural pra qualquer adolescente.

3 comentários:

Marcelo R. Rezende disse...

Era real e intenso.
Gostei dele.

Bruno Dezinho disse...

Me lembrou os personagens andrógenos e sem identidade do nosso genial escritor brasileiro João Gilberto Noll. Texto delicioso de se ler.

Darlan disse...

Apesar de nunca ter vivido, já vi disso algumas vezes. Olhando assim, é bonito. Mas há tantos outros lados...

Texto envolvente, ótimo!